"Tomás Bacelos, 23 anos, terminou o 12.º ano com dois módulos do programa Novas Oportunidades, revelou ontem o Expresso. Fez o exame nacional de Inglês - a disciplina específica do curso que escolheu -, e conseguiu a nota máxima. Como não fez o ensino secundário de forma regular, a média de acesso à faculdade foi igual à nota do exame, entrando assim com 20 valores. Algo que o próprio aluno admitiu ao semanário ser "injusto".
Quem frequenta as Novas Oportunidades e se candidata ao Superior entra pelo contingente geral, ou seja, concorre com os alunos que fizeram o 12.º ano de forma regular. E é isso que os estudantes universitários criticam. "Os alunos começam a ver duas opções para conseguir o mesmo fim: uma é mais complicada e outra é mais acessível. E é óbvio que isto é uma situação injusta", refere Luís Castro, líder da Associação Académica de Lisboa. Também o dirigente da Associação Académica do Porto, Ricardo Morgado, defende que as Novas Oportunidades não se podem "tornar numa forma facilitada de entrada no ensino superior, tirando lugar a quem fez o ensino regular". Por isso, o líder de Coimbra, Miguel Portugal, exige "regras rigorosas de acesso"."
Quem frequenta as Novas Oportunidades e se candidata ao Superior entra pelo contingente geral, ou seja, concorre com os alunos que fizeram o 12.º ano de forma regular. E é isso que os estudantes universitários criticam. "Os alunos começam a ver duas opções para conseguir o mesmo fim: uma é mais complicada e outra é mais acessível. E é óbvio que isto é uma situação injusta", refere Luís Castro, líder da Associação Académica de Lisboa. Também o dirigente da Associação Académica do Porto, Ricardo Morgado, defende que as Novas Oportunidades não se podem "tornar numa forma facilitada de entrada no ensino superior, tirando lugar a quem fez o ensino regular". Por isso, o líder de Coimbra, Miguel Portugal, exige "regras rigorosas de acesso"."
Noticia do DN
1 comentário:
O problema nem está no Novas Oportunidades. O problema está acima de tudo no método de entrada na Universidade. Há muitos anos protestou-se contra os "numerus clausus" e depois, sem se perceber muito bem porquê, deixou-se de o fazer. Tomemos o exemplo dos Estados Unidos, onde os alunos são aceites pelas Universidades. Concorrem. Independentemente das médias que têm, o que conta mais ali são eles mesmos e a sua vocação. Quantos alunos com perfeita vocação para médicos ficam de fora porque a sua média é baixa? E quantos alunos entram para medicina, apesar de detestaram aquilo, só porque têm 19 de média e seria um desperdício ir para outra coisa qualquer? Só ganhamos enfermeiros infelizes e médicos incompetentes.
Porque temos um Ensino Superior tão especializado e um Ensino Técnico praticamente inexistente? Para ter doutores, engenheiros e licenciados a fazer trabalho de técnico?
Há tanto problema que o Novas Oportunidades (que na sua essência é algo bom, mas depois, como sempre, é usado e abusado) é um dos mais pequeninos. Mas como é o mais mediático é normal que se olhe muito para ele.
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